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Luz... Água... Torá!

Em todo bom planejamento existe uma planta. Isto não foi criação de nenhum arquiteto, mas do maior estrategista do universo: D’us.

Antes mesmo de criar o mundo D’us tinha em mãos uma planta, onde delineou todo o processo de sua criação desde a primeira ação até o homem, em um processo contínuo. Sua planta chama-se Torá. Foi olhando para ela que o mundo começou a existir através da sua ordem, após os céus e a terra: "Que haja luz!" E então a partir de Bereshit, a Torá começa a se concretizar e ser trazida para a Terra.

A fé judaica não termina com "E D’us criou os céus e a terra." Ela começa aí. Continua a reconhecer que "Eu sou o Eterno, teu D’us, que te tirou do Egito." Ele é um D’us vivo, que continua a desempenhar um papel no universo que Ele criou. É um D’us soberano, que está preocupado com o comportamento do povo que Ele criou, e com essa finalidade encontrou maneiras de tornar Sua vontade conhecida aos homens.

O ponto principal na crença em um D’us vivo é a crença judaica de que Ele comunicou Sua vontade e Seus mandamentos à criatura a quem Ele concedeu o livre arbítrio, mas a quem Ele chamou de Seu servo obediente. A própria essência do Judaísmo repousa sobre a aceitação de um evento histórico-espiritual, do qual nossos ancestrais participaram em grupo, bem como na aceitação das revelações espirituais subseqüentes aos Profetas de Israel. O extraordinário evento histórico a que me refiro é a promulgação dos Dez Mandamentos no Monte Sinai. A vontade de D’us também foi manifesta na Torá Escrita, anotada por Moshê sob a Divina profecia durante o período de quarenta anos após o Êxodo.

Lado a lado com os Cinco Livros de Moshê (Pentateuco), acreditamos que a vontade de D’us também foi tornada manifesta na Tradição Oral, ou Torá Oral, que também teve sua fonte no Sinai, revelada a Moshê e depois ensinada oralmente por ele aos líderes de Israel. A própria Torá Escrita alude a estas instruções orais. Esta Torá Oral – que esclarece e fornece os detalhes dos mandamentos contidos na Torá Escrita – foi transmitida de geração a geração até que foi finalmente registrada no segundo século, para tornar-se a pedra fundamental sobre a qual foi construída a Torá.

A Torá é um registro de D’us fazendo contato com o homem, e vice-versa. Nenhuma interpretação do judaísmo é judaicamente válida se não postula D’us como a fonte da Torá.
O que é "a Torá"?

Tecnicamente, refere-se aos Cinco Livros de Moshê. Esta é a Torá Escrita (Torá SheBiktav). O rolo no qual está escrita e que é mantido na Arca Sagrada da sinagoga é chamado de um Rolo de Torá (Sêfer Torah). De certa forma, esta é a constituição do povo judeu. Por Torá entende-se também a Torá Oral (Torá She-B'al Pê) "que Moshê recebeu no Sinai, e transmitiu a Yeoshua, e Yeoshua aos Anciãos, e os Anciãos aos Profetas, e os Profetas aos Homens da Grande Assembléia…" (Ética dos Pais 1:1).

A Torá Oral incluiu os melhores pontos dos mandamentos, os detalhes dos princípios gerais contidos nas Escrituras e as maneiras pelas quais os mandamentos seriam aplicados. Por exemplo, a Torá proíbe "trabalhar" no Shabat. O que constitui "trabalho"? Como deve ser definido o "trabalho" para os propósitos do Shabat? Exceto por várias referências a tarefas tais como juntar madeira, acender fogo, cozinhar e assar, a Torá Escrita não fala. A Torá Oral o faz.

A Torá Escrita ordena que os animais necessários para alimento sejam mortos "como Eu vos ordenei" (Devarim 12:21). Como deverá ocorrer este abate? Que regulamentos o governam? A Torá Escrita não o diz, mas a Torá Oral sim.

A Torá Escrita nos ordena "atá-los como um sinal sobre as mãos e como faixa entre os olhos." Esta referência aos tefilin não esclarece como eles devem ser feitos, de que material, como devem ser colocados. A Torá Escrita não diz, a Torá Oral o faz.

A Torá Escrita prescreve a pena capital para vários crimes. Que regras legais e procedimentos deviam ser seguidos antes que tal veredicto pudesse ser aplicado? Quais eram as limitações? A Torá Escrita não diz. A Torá Oral sim.

Por fim, esta Torá Oral foi reduzida a escrita. Durante o segundo século da EC, ela foi incorporada à Mishná, que por sua vez tornou-se a pedra fundamental para a Guemará, que consiste dos monumentais registros e minutas das discussões de casos e debates legais conduzidos pelos Sábios. A Mishná e a Guemará juntas formam o Talmud.

A Torá, seja Escrita ou Oral, é o ensinamento que orienta o homem a como viver, Embora fale primeiramente com Israel, possui também diretivas para toda a humanidade. Preocupa-se com todos os aspectos da vida humana. Leis rituais, geralmente consideradas como "observâncias religiosas," são apenas parte do total complexo dos mandamentos. Os mandamentos da Torá, seus estatutos e regulamentos, cobrem toda a gama do comportamento humano e social. Afirma sua jurisdição em áreas de comportamento que em outras religiões geralmente são consideradas como pertencentes aos domínios da ética ou da moral, ou à jurisdição dos códigos de lei secular civil ou criminal. Até mesmo suas seções não-legais e não-estatutárias enfatizam verdades espirituais e transmitem discernimento à refinada ética extra-legal e normas morais de comportamento.

O restante dos livros da Torá, escritos no decorrer de um período de muitos séculos, consiste de Profetas (Neviim) e as Sagradas Escrituras (Ketuvim). Estes livros transmitem os ensinamentos dos Profetas no contexto da história de Israel por um período aproximado de setecentos anos. Relatam as visões que os Profetas tiveram de D’us e de suas contínuas lutas para promover maior lealdade aos ensinamentos da Torá entre o povo; de suas lutas contra os muitos falsos profetas e sacerdotes que tantas vezes desviaram o povo e fizeram-no voltar-se contra D’us e a Torá. Entre estes livros está o inspirador Tehilim, que reflete os mais profundos sentimentos religiosos do homem.

A Torá, com os Neviim e os Ketuvim são juntos chamados de Tanach. (Este é o que o mundo chama de "Antigo Testamento" mas que para os judeus sempre foi o único testamento.) Num sentido mais amplo, porém, o estudo de Torá refere-se não apenas às Escrituras e à Torá Oral, como também a todo o corpo de legislação rabínica e interpretação baseadas na Torá, que se desenvolveram no decorrer dos séculos. Pois a Torá foi sempre uma lei viva, constantemente aplicada por um povo vivo a condições reais que estavam sempre mudando. Embora estes sejam obviamente o resultado de esforços humanos, são parte integral de todo o corpo de jurisprudência religiosa ao qual a própria Torá concede status de autoridade: "E farás conforme o mandado da palavra que te anunciarem e farás de acordo com tudo que te ensinarem. Conforme o mandado da lei que te ensinarem, e conforme o juízo que te disserem, farás" (Devarim 17:10-11).

A Torá move a vida do mundo e é o legado da vontade do Criador expressa em cada uma de suas linhas, acompanhada por milhares de explicações e entendimentos, minuciosamente compostos e debatidos, sobre como devemos nos conduzir.

A Torá é comparada a água; não conseguimos atingir uma vida significativa sem beber de sua fonte. Embora estejamos imersos como peixinhos em um mar e na maioria das vezes tenhamos que nadar contra a correnteza, chegaremos em breve ao dia em que o conhecimento de Torá cobrirá a terra, como as águas que cobrem os oceanos. Entenderemos então a finalidade da luz, desde o primeiro dia da Criação e de nossas braçadas nas águas da vida como uma aliança eterna com D’us, desde a outorga da Torá no Sinai, até a Torá que reinará absoluta em uma nova era.

 

Codigos

 

Procurem, em seu livro de orações, a página do kidush, recitado sobre uma taça de vinho nas noites de sexta-feira, o Shabat. O primeiro parágrafo desta bênção - que se inicia com as palavras "Yom Hashishi"- é retirado do primeiro livro da Torá, e fala do sétimo dia da Criação. Apontem sobre a última letra da palavra "Hashishi". Trata-se da letra hebraica "yud". E agora, ignorando os espaços entre as palavras dessa prece, contem seis letras. A sétima letra é um "shin". Contem outras seis letras e verão que a sétima letra é um "resh". Sete outras letras e encontrarão um "alef". Contem novamente e a sétima letra cairá num "lamed".

O que encontramos? As letras "yud, shin, resh, alef e lamed" - que compõem a palavra "Israel" são encontradas em intervalos de sete letras no primeiro parágrafo da bênção do kidush das sextas-feiras à noite.

Sabemos quão significativo é o número sete para o judaísmo. O Shabat é o sétimo dia da semana, e guardá-lo é uma mitsvá ordenada ao povo de Israel em homenagem ao sétimo dia da Criação. Será que desvendamos um código - a palavra "Israel" codificada em intervalos de sete letras - precisamente na passagem da Torá referente ao sétimo dia da Criação? Ou seria apenas mera coincidência?

Padrões semelhantes de palavras foram encontrados há mais de meio século por um rabino de origem tcheca, Michael Weismandel. Mas somente com o advento dos modernos computadores foi possível estatisticamente verificar se tais padrões de palavras são involuntários e simples coincidência, ou se foram deliberadamente criptografados na Torá. Após a morte do Rabbi Weismandel, seus discípulos e os rabinos Shmuel Yavin e Avram Oren continuaram o seu trabalho de pesquisa de palavras e padrões codificados na Torá.

Mas o grande avanço ocorreu no início da década de 80, quando um rabino de Jerusalém mostrou ao Dr. Eliyahu Rips, renomado professor de Matemática na Universidade Hebraica de Jerusalém, o trabalho do rabino Weismandel. Com a ajuda de avançadas ferramentas de estatística e computadores modernos, o Dr. Rips iniciou sua pesquisa buscando na Torá padrões de palavras e, a seguir, verificando matematicamente se estes haviam sido propositalmente codificados dentro da mesma. Mais tarde, o Dr. Rips teve a colaboração, neste estudo, do Dr. Moshe Katz, do Instituto Technion, de Haifa, e do físico Doron Witztum, de Jerusalém.

Segue-se um exemplo do que foi desvendado pelo Dr. Rips:

No segundo capítulo do Livro Bereshit, encontramos o seguinte: "Do solo fez o Senhor D'us brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal".

 

 

 

 

Muitos dizem que só acreditariam em D'us e na Torá se pudessem testemunhar algum sinal. As descobertas dos códigos legítimos servem como evidência de um ponto muito significativo: a Torá não poderia ser de autoria humana.

 

 

 

 

Os nomes das árvores não são mencionados explicitamente nesse capitulo da Torá. O Dr. Eliyahu Rips sugeriu que talvez estivessem codificados no mesmo, em intervalos regulares de letras. A seguir, tomou os nomes de 25 árvores mencionadas na Torá (segundo referência no trabalho "A fauna e a flora na Torá", de Yehuda Feliks), programando o seu computador para decifrar se os mesmos haviam sido codificados. E o que encontrou o computador? Os nomes das 25 árvores haviam realmente sido codificados nesse capítulo da Torá!

Em artigo intitulado "Códigos na Torá: leitura em intervalos iguais", Daniel Michelson, professor de Matemática na Universidade da Califórnia e na Universidade Hebraica, estimou a probabilidade de o fenômeno ser mera coincidência. Seus resultados indicam que a probabilidade dessas 25 árvores terem sido acidentalmente codificadas nesse capítulo da Torá é de 1 em 100 mil. Isto significa que se tomarmos 100 mil textos hebraicos de tal comprimento, deveríamos esperar encontrar os nomes das 25 árvores codificados em apenas um dos mesmos. Seria meramente sorte o fato de que este fenômeno das árvores foi precisamente encontrado na passagem da Torá que narra a criação das árvores por D'us?

Outro exemplo interessante pode ser visto no 38¼ capítulo de Bereshit. O texto relata a história de Yehuda e Tamar, que deu à luz a Peretz e Zêrach. Sabemos, através do Livro de Ruth, que Boaz descendia de Peretz e que esposara Ruth. Este casal teve um filho a quem deram o nome de Oved e este, por sua vez, teve um filho, Yishai, o pai do rei David. Os matemáticos examinaram se as informações sobre a linhagem do rei David estão codificadas nesse capítulo da Torá que fala de seus ancestrais. E o que foi que encontraram? Os nomes Boaz, Ruth, Oved, Yishai e David soletrados de trás para frente em um intervalo de 49 letras. Como se isto ainda não bastasse, encontraram tais nomes em ordem cronológica! O professor Michelson analisou se seriam meras coincidências. Seus resultados estatísticos: as chances de todos os cinco nomes - Boaz, Ruth, Oved, Yishai e David - aparecerem por acaso nesse capítulo da Torá são de 1 em 6.500. As probabilidades dos nomes aparecerem em ordem cronológica por simples coincidência são de 1 em 200 mil!

Surge, naturalmente, uma pergunta interessante. Por que a ancestralidade do rei David teria sido codificada em intervalos de 49 letras? Sabemos que Shavuot - o dia em que D'us deu ao povo de Israel os Dez Mandamentos - ocorreu 49 dias após o Êxodo. Shavuot foi a data de nascimento e morte do rei David. E também é a festividade em que estudamos o Livro de Ruth.

Outros códigos foram encontrados na Torá, e as experiências estatísticas indicam que a possibilidade de serem os mesmos, por pura coincidência, é infinitamente reduzida. Os pesquisadores concluíram que tais códigos foram deliberadamente inseridos na Torá. Relatam também que a maioria dos códigos são tão incrivelmente complexos que os modernos computadores levam horas para descriptografar um único padrão de palavra. Ainda assim, muitos fazem uma pergunta que parece legítima: será possível que os antigos hebreus escreveram a Torá plantando tais códigos na mesma? A resposta: será que esses "antigos hebreus" poderiam também ter previsto o futuro?

Procurem, em seu livro de orações, a página do kidush, recitado sobre uma taça de vinho nas noites de sexta-feira, o Shabat. O primeiro parágrafo desta bênção - que se inicia com as palavras "Yom Hashishi"- é retirado do primeiro livro da Torá, e fala do sétimo dia da Criação. Apontem sobre a última letra da palavra "Hashishi". Trata-se da letra hebraica "yud". E agora, ignorando os espaços entre as palavras dessa prece, contem seis letras. A sétima letra é um "shin". Contem outras seis letras e verão que a sétima letra é um "resh". Sete outras letras e encontrarão um "alef". Contem novamente e a sétima letra cairá num "lamed".

O que encontramos? As letras "yud, shin, resh, alef e lamed" - que compõem a palavra "Israel" são encontradas em intervalos de sete letras no primeiro parágrafo da bênção do kidush das sextas-feiras à noite.

Sabemos quão significativo é o número sete para o judaísmo. O Shabat é o sétimo dia da semana, e guardá-lo é uma mitsvá ordenada ao povo de Israel em homenagem ao sétimo dia da Criação. Será que desvendamos um código - a palavra "Israel" codificada em intervalos de sete letras - precisamente na passagem da Torá referente ao sétimo dia da Criação? Ou seria apenas mera coincidência?

Padrões semelhantes de palavras foram encontrados há mais de meio século por um rabino de origem tcheca, Michael Weismandel. Mas somente com o advento dos modernos computadores foi possível estatisticamente verificar se tais padrões de palavras são involuntários e simples coincidência, ou se foram deliberadamente criptografados na Torá. Após a morte do Rabbi Weismandel, seus discípulos e os rabinos Shmuel Yavin e Avram Oren continuaram o seu trabalho de pesquisa de palavras e padrões codificados na Torá.

Mas o grande avanço ocorreu no início da década de 80, quando um rabino de Jerusalém mostrou ao Dr. Eliyahu Rips, renomado professor de Matemática na Universidade Hebraica de Jerusalém, o trabalho do rabino Weismandel. Com a ajuda de avançadas ferramentas de estatística e computadores modernos, o Dr. Rips iniciou sua pesquisa buscando na Torá padrões de palavras e, a seguir, verificando matematicamente se estes haviam sido propositalmente codificados dentro da mesma. Mais tarde, o Dr. Rips teve a colaboração, neste estudo, do Dr. Moshe Katz, do Instituto Technion, de Haifa, e do físico Doron Witztum, de Jerusalém.

Segue-se um exemplo do que foi desvendado pelo Dr. Rips:

No segundo capítulo do Livro Bereshit, encontramos o seguinte: "Do solo fez o Senhor D'us brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal".

 

 

 

 

Muitos dizem que só acreditariam em D'us e na Torá se pudessem testemunhar algum sinal. As descobertas dos códigos legítimos servem como evidência de um ponto muito significativo: a Torá não poderia ser de autoria humana.

 

 

 

 

Os nomes das árvores não são mencionados explicitamente nesse capitulo da Torá. O Dr. Eliyahu Rips sugeriu que talvez estivessem codificados no mesmo, em intervalos regulares de letras. A seguir, tomou os nomes de 25 árvores mencionadas na Torá (segundo referência no trabalho "A fauna e a flora na Torá", de Yehuda Feliks), programando o seu computador para decifrar se os mesmos haviam sido codificados. E o que encontrou o computador? Os nomes das 25 árvores haviam realmente sido codificados nesse capítulo da Torá!

Em artigo intitulado "Códigos na Torá: leitura em intervalos iguais", Daniel Michelson, professor de Matemática na Universidade da Califórnia e na Universidade Hebraica, estimou a probabilidade de o fenômeno ser mera coincidência. Seus resultados indicam que a probabilidade dessas 25 árvores terem sido acidentalmente codificadas nesse capítulo da Torá é de 1 em 100 mil. Isto significa que se tomarmos 100 mil textos hebraicos de tal comprimento, deveríamos esperar encontrar os nomes das 25 árvores codificados em apenas um dos mesmos. Seria meramente sorte o fato de que este fenômeno das árvores foi precisamente encontrado na passagem da Torá que narra a criação das árvores por D'us?

Outro exemplo interessante pode ser visto no 38¼ capítulo de Bereshit. O texto relata a história de Yehuda e Tamar, que deu à luz a Peretz e Zêrach. Sabemos, através do Livro de Ruth, que Boaz descendia de Peretz e que esposara Ruth. Este casal teve um filho a quem deram o nome de Oved e este, por sua vez, teve um filho, Yishai, o pai do rei David. Os matemáticos examinaram se as informações sobre a linhagem do rei David estão codificadas nesse capítulo da Torá que fala de seus ancestrais. E o que foi que encontraram? Os nomes Boaz, Ruth, Oved, Yishai e David soletrados de trás para frente em um intervalo de 49 letras. Como se isto ainda não bastasse, encontraram tais nomes em ordem cronológica! O professor Michelson analisou se seriam meras coincidências. Seus resultados estatísticos: as chances de todos os cinco nomes - Boaz, Ruth, Oved, Yishai e David - aparecerem por acaso nesse capítulo da Torá são de 1 em 6.500. As probabilidades dos nomes aparecerem em ordem cronológica por simples coincidência são de 1 em 200 mil!

Surge, naturalmente, uma pergunta interessante. Por que a ancestralidade do rei David teria sido codificada em intervalos de 49 letras? Sabemos que Shavuot - o dia em que D'us deu ao povo de Israel os Dez Mandamentos - ocorreu 49 dias após o Êxodo. Shavuot foi a data de nascimento e morte do rei David. E também é a festividade em que estudamos o Livro de Ruth.

Outros códigos foram encontrados na Torá, e as experiências estatísticas indicam que a possibilidade de serem os mesmos, por pura coincidência, é infinitamente reduzida. Os pesquisadores concluíram que tais códigos foram deliberadamente inseridos na Torá. Relatam também que a maioria dos códigos são tão incrivelmente complexos que os modernos computadores levam horas para descriptografar um único padrão de palavra. Ainda assim, muitos fazem uma pergunta que parece legítima: será possível que os antigos hebreus escreveram a Torá plantando tais códigos na mesma? A resposta: será que esses "antigos hebreus" poderiam também ter previsto o futuro?

Famosos experimentos                                                                                

Em 1986 o Dr. Eliyahu Rips, Doron Witztum e Yoav Rosenberg realizaram uma extensa experiência: desvendar se os nomes de 64 rabinos famosos, estavam codificados em intervalos de letras iguais no primeiro livro da Torá. Descobriram o seguinte: os nomes dos 64 grandes rabinos estavam de fato codificados em Bereshit, e as datas de nascimento e morte dos mesmos estavam codificadas bem próximas a cada um de seus respectivos nomes. A probabilidade de que tais códigos sejam feliz coincidência é de 1 em 62.500. Este resultado estatístico é altamente significativo e indica que todas estas informações haviam sido deliberadamente codificadas na Torá milhares de anos antes de tais rabinos terem nascido.

A experiência dos Rabinos Famosos e seus resultados foram levados ao mundialmente renomado Instituto de Estatísticas Matemáticas, em Harward. De modo a avaliar sua validade, foram rigorosamente revistos e analisados durante seis anos. Tal estudo foi posteriormente publicado em uma conceituada revista de matemática, "Statistical Science", em agosto de 1994.

Os resultados desta experiência, no entanto, não estão isentos de críticas. Muitas pessoas argumentam que o fenômeno dos códigos é peculiar à língua hebraica. Para contra-argumentar, Eliyahu Rips, Doron Witztum e Yoav Rosenberg tentaram duplicar a experiência em outros textos hebraicos. Não encontraram tais códigos em nenhuma outra publicação em hebraico. Nos últimos três anos vários outros matemáticos tentaram encontrar a "falha fatal" nesta experiência. Nenhum teve sucesso.

Para corroborar a veracidade dos códigos dos Rabinos Famosos, o Dr. Harold Gans, matemático criptólogo sênior da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, realizou experimento similar. O Dr. Gans tem praticamente três décadas de experiência em desvendar códigos para o governo dos Estados Unidos, que mantém os métodos e especialistas mais avançados no mundo em descriptografia de documentos codificados.

A princípio, o Dr. Gans estava muito cético quanto à existência de códigos legítimos da Torá. No entanto, quando realizou a experiência, além de validar seus resultados, fez uma descoberta adicional: além dos nomes e datas em que nasceram e morreram cada um dos rabinos haviam sido codificadas também suas respectivas cidades. Que conclusão, então, tiraram Eliyahu Rips, Doron Witztum, Yoav Rosenberg e Harold Gans da experiência com os Rabinos Famosos? Apenas uma: que as informações haviam sido deliberadamente colocadas na Torá. E no entanto, a Torá existe em sua presente forma há milhares de anos. Como o seu autor poderia ter tido conhecimento sobre a existência futura, bem como detalhes da vida de homens que só iriam nascer séculos mais tarde?

A única conclusão lógica é a de que o autor não pode ter sido um ser humano - pois quem colocou todos os dados lá, não estava limitado pelo tempo nem pelo espaço. Mais uma constatação incrível de que a Torá é de autoria Divina

Os exageros nos códigos da Torá                                                                

Ao se decifrar quaisquer códigos, o maior desafio é avaliar-se se os padrões de palavras codificados ocorrem acidental ou deliberadamente. Obviamente, podem-se encontrar interessantes padrões de palavras em praticamente qualquer texto examinado - em um romance, no jornal diário ou mesmo neste artigo. Felizmente, o campo de estatística permite aos matemáticos asseverar - com razoável certeza - se os padrões de palavras ocorrem por coincidência ou se foram deliberadamente codificados dentro de um determinado texto.

 

 

 

 

A metodologia usada por Drosnin para prever o assassinato de Rabin revelou também um código que indicava que o ex-Primeiro Ministro inglês Winston Churchill seria assassinado. Todos sabemos que tal "previsão" não se concretizou.

 

 

 

 

Mas, à medida que se tornou mais conhecida a experiência dos Rabinos Famosos, inúmeras pessoas publicaram livros que ameaçam inteiramente a credibilidade da pesquisa sobre os códigos da Torá. Tais livros não empregam metodologia científica alguma, nem fazem distinção entre códigos estatisticamente significativos e códigos que aparecem acidentalmente. O exemplo mais notável é o livro "O Código da Bíblia", de autoria de Michael Drosnin. Apesar de ser bestseller em nove países, as informações e alegações apresentadas no livro são altamente falaciosas. A obra apresenta códigos que não têm significado estatístico e ainda vai mais longe, alegando que os mesmos podem ser utilizados para se prever o futuro.

Eliyahu Rips, Doron Witztum e Harold Gans denunciaram a veracidade das informações apresentadas no livro de Michael Drosnin. Afirmaram que seu trabalho tem falhas de lógica e que não utiliza nenhum dos métodos estatísticos necessários para validar a colocação intencional dos códigos. Os pesquisadores também demonstraram, através do uso da matemática e da lógica, ser impossível usar os códigos da Torá para se prever o futuro. Dão o seguinte exemplo básico para ilustrá-lo:

No "Código da Bíblia", Michael Drosnin afirma ter decifrado um código na Torá que previu o assassinato do ex-Primeiro Ministro Yitschac Rabin, z"l. Alega ter encontrado "Yitschac Rabin" codificado em estreita proximidade a "o assassinado irá assassinar".

Imaginemos que tivéssemos encontrado esse código antes do assassinato do primeiro-ministro. Poderíamos interpretá-lo de várias formas. Estaria este código dizendo que Rabin seria assassinado ou que ele iria assassinar alguém? Ou talvez seria acusado de ser um assassino? Ou ainda que talvez alguém iria tentar assassiná-lo, mas sem conseguí-lo? A metodologia usada por Drosnin para prever o assassinato de Rabin revelou também um código que indicava que o ex-Primeiro Ministro inglês Winston Churchill seria assassinado. Todos sabemos que tal "previsão" não se concretizou.

O exagero dos códigos da Torá não se limita a escritores judeus. Em suas campanhas para converter os judeus, vários grupos missionários cristãos têm alegado que há códigos na Bíblia judaica que provam que Jesus é o Messias. Vários matemáticos examinaram o trabalho desses missionários, tendo concluído que os mesmos não apresentam uma única afirmação ou cálculo que seja estatisticamente válido ou verdadeiro. Experimentos matemáticos demonstram que tais "códigos de Jesus" são acidentais e poderiam ser encontrados em qualquer texto hebraico - no jornal diário ou mesmo na tradução ao hebraico de um romance. Convém também mencionar que os métodos estatísticos inválidos utilizados pelos missionários cristãos apresentam outros candidatos para a figura do Messias: Buda, Maomé, Krishna, Lênin e mesmo David Koresh - o autodeclarado Salvador, responsável pelo incidente que causou a morte de mais de 100 homens, mulheres e crianças em Waco, no Texas.

É preciso atenção para se perceber que muitos dos "códigos" popularmente apresentados em palestras e livros são, na melhor das hipóteses, questionáveis, e na pior, sensacionalistas e enganosos. O perigo na disseminação de códigos falsos é que estes comprometem a seriedade dos códigos legítimos encontrados na Torá. Existe ainda a possibilidade muito infeliz de que uma vez que as pessoas tomem conhecimento de que tais livros contêm em sua maioria alegações falsas, passem a desacreditar de vez no fenômeno dos verdadeiros códigos da Torá.


O significado dos códigos da Torá                                                     

         

Cientistas e matemáticos especializados continuam a pesquisar em busca de códigos legítimos na Torá. O Dr. Doron Witztum encontrou códigos na Torá sobre a festividade de Chanucá, sobre o ex-presidente Sadat, sobre a Guerra do Golfo e sobre o diabetes. Sua metodologia, nesses experimentos, foi aceita pela publicação "Statistical Science". No entanto, essas novas descobertas não foram publicadas porque os matemáticos que examinam os resultados encontraram problemas ao tentar calcular seu significado estatístico. Até que a legitimidade de tais códigos seja confirmada, os resultados desses experimentos não poderão ser divulgados.

Mais cedo ou mais tarde, muitos falsos códigos serão desmascarados. Mas isto não deverá fazer com que se negue a existência de códigos legítimos na Torá. Os códigos apresentados neste artigo e os resultados do experimento dos Rabinos Famosos são estatisticamente válidos. Não podem ser atribuídos a meras coincidências e, portanto, não podem ser encontrados em nenhum outro texto hebraico. Ademais, não são utilizados de maneira subjetiva com propósitos questionáveis. Apresentam fatos objetivos, nomes ou fatos e eventos históricos.

Qual o significado dos Códigos da Torá                                                   

Surge uma questão final: qual o propósito dos códigos da Torá?


Estes somente contêm informações sobre o passado já conhecidas por nós. Não revelam segredos nem servem para se prever o futuro. Qual, então, seu significado?

Vivemos em uma geração de grande ceticismo. Muitos dizem que só acreditariam em D'us e na Torá se pudessem testemunhar algum sinal. As descobertas dos códigos legítimos servem como evidência de um ponto muito significativo: a Torá não poderia ser de autoria humana. Pois mesmo se os antigos hebreus fossem mestres criptógrafos, não poderiam ter conhecimento sobre a existência futura e os detalhes da vida de homens que só nasceriam milhares de anos após ter sido escrita a Torá. Além do mais, os códigos da Torá mostraram depender da existência precisa da localização de cada letra do alfabeto hebraico.

Um código legítimo não pode ser encontrado se as letras da Torá estiverem faltando ou colocadas em lugar errado. Mudando-se as palavras da Torá, mesmo se o conteúdo permanecer inalterado, os códigos desaparecerão. Isto confirma a origem Divina e a localização de cada uma das letras da Torá. E, portanto, o único significado verdadeiro desses códigos é que a ciência e a matemática estão a indicar que a Torá - e até mesmo a colocação de cada uma de suas letras - são as palavras de D'us.


Artigo de autoria dos rabinos  Avraham Steinmetz e Tev Djmal


 

Os exageros nos " Códigos da Torá"


Ao se decifrar quaisquer códigos, o maior desafio é avaliar-se se os padrões de palavras codificados ocorrem acidental ou deliberadamente. Obviamente, podem-se encontrar interessantes padrões de palavras em praticamente qualquer texto examinado - em um romance, no jornal diário ou mesmo neste artigo. Felizmente, o campo de estatística permite aos matemáticos asseverar - com razoável certeza - se os padrões de palavras ocorrem por coincidência ou se foram deliberadamente codificados dentro de um determinado texto.

Mas, à medida que se tornou mais conhecida a experiência dos Rabinos Famosos, inúmeras pessoas publicaram livros que ameaçam inteiramente a credibilidade da pesquisa sobre os códigos da Torá. Tais livros não empregam metodologia científica alguma, nem fazem distinção entre códigos estatisticamente significativos e códigos que aparecem acidentalmente. O exemplo mais notável é o livro "O Código da Bíblia", de autoria de Michael Drosnin. Apesar de ser best-seller em nove países, as informações e alegações apresentadas no livro são altamente falaciosas. A obra apresenta códigos que não têm significado estatístico e ainda vai mais longe, alegando que os mesmos podem ser utilizados para se prever o futuro.

Eliyahu Rips, Doron Witztum e Harold Gans denunciaram a veracidade das informações apresentadas no livro de Michael Drosnin. Afirmaram que seu trabalho tem falhas de lógica e que não utiliza nenhum dos métodos estatísticos necessários para validar a colocação intencional dos códigos. Os pesquisadores também demonstraram, através do uso da matemática e da lógica, ser impossível usar os códigos da Torá para se prever o futuro. Dão o seguinte exemplo básico para ilustrá-lo:

No "Código da Bíblia", Michael Drosnin afirma ter decifrado um código na Torá que previu o assassinato do ex-Primeiro Ministro Yitschac Rabin, z"l. Alega ter encontrado "Yitschac Rabin" codificado em estreita proximidade a "o assassinado irá assassinar".

Imaginemos que tivéssemos encontrado esse código antes do assassinato do primeiro-ministro. Poderíamos interpretá-lo de várias formas. Estaria este código dizendo que Rabin seria assassinado ou que ele iria assassinar alguém? Ou talvez seria acusado de ser um assassino? Ou ainda que talvez alguém iria tentar assassiná-lo, mas sem conseguí-lo? A metodologia usada por Drosnin para prever o assassinato de Rabin revelou também um código que indicava que o ex-Primeiro Ministro inglês Winston Churchill seria assassinado. Todos sabemos que tal "previsão" não se concretizou.

O exagero dos códigos da Torá não se limita a escritores judeus. Em suas campanhas para converter os judeus, vários grupos missionários cristãos têm alegado que há códigos na Bíblia judaica que provam que Jesus é o Messias. Vários matemáticos examinaram o trabalho desses missionários, tendo concluído que os mesmos não apresentam uma única afirmação ou cálculo que seja estatisticamente válido ou verdadeiro. Experimentos matemáticos demonstram que tais "códigos de Jesus" são acidentais e poderiam ser encontrados em qualquer texto hebraico - no jornal diário ou mesmo na tradução ao hebraico de um romance. Convém também mencionar que os métodos estatísticos inválidos utilizados pelos missionários cristãos apresentam outros candidatos para a figura do Messias: Buda, Maomé, Krishna, Lênin e mesmo David Koresh - o auto declarado Salvador, responsável pelo incidente que causou a morte de mais de 100 homens, mulheres e crianças em Waco, no Texas.

É preciso atenção para se perceber que muitos dos "códigos" popularmente apresentados em palestras e livros são, na melhor das hipóteses, questionáveis, e na pior, sensacionalistas e enganosos. O perigo na disseminação de códigos falsos é que estes comprometem a seriedade dos códigos legítimos encontrados na Torá. Existe ainda a possibilidade muito infeliz de que uma vez que as pessoas tomem conhecimento de que tais livros contêm em sua maioria alegações falsas, passem a desacreditar de vez no fenômeno dos verdadeiros códigos da Torá.